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Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza

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Go Science - Turismo Científico

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Posted by Kelly Inagaki on 24-11-2016 - Last updated on 24-11-2016

O Turismo Científico propõe unir duas vertentes econômicas, o turismo e a pesquisa científica, com o intuito de explorar, vivenciar e valorizar a biodiversidade brasileira. Com grande potencial de exploração em ambas as áreas, Florianópolis mostra-se uma capital capaz de aliar beneficamente turistas, comunidade e cientistas, alavancando social, cultural e economicamente a região e destacando o meio ambiente.

Florianópolis, conhecida como Ilha da Magia, está localizada na região sul do Brasil, no estado de Santa Catarina, e integra um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica do Brasil, com cerca de 17,46% de sua área original preservada neste estado. Também, é famosa por sua beleza natural e cultural, envolvendo praias, dunas, cachoeiras, lagoas, morros, comunidades locais, lendas e tradições. Tais características atraem cerca de 3,5 milhões de visitantes por ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Turismo - Embratur (2016). No entanto, por estar localizada em uma ilha, Florianópolis possui limitação espacial e todo este potencial turístico, se não for bem administrado, pode trazer danos à população local, aos visitantes e principalmente ao meio ambiente, devido ao aumento no fluxo de pessoas e à falta de infra-estrutura adequada para a gestão do esgoto gerado e da poluição nas praias.

 

Além de atrair turistas, a cidade e região também atraem estudantes de todo o mundo para suas universidades e institutos de pesquisa, que buscam conhecer e explorar toda a biodiversidade da Mata Atlântica, suas florestas, seu funcionamento ecológico e diversificação. E diante de tanta beleza e curiosidades, ONGs e Institutos de Conservação funcionam com o intuito de conservar e proteger a fauna e flora regionais. Assim, a economia em torno destes órgãos e institutos é alavancada devido à rotatividade de interessados.

 

No entanto, estas duas vertentes da economia brasileira, o turismo e a pesquisa, não costumam se conversar, distanciando o público em geral das descobertas e aplicações da ciência e vice-versa. Apesar disso, a relação entre elas pode ser de extrema importância. Por um lado, o turismo pode ganhar novos interessados ao trazer o visitante para as proximidades do cotidiano científico, enquanto as pesquisas e as práticas culturais/tradicionais podem demonstrar sua importância e minúcias. As aplicações que podem ser realizadas com o resultado desta união (ex.: pacotes de viagens diferenciados, guias de identificação de espécies, atividades educativas, cursos para alavancar a sustentabilidade econômica local, etc) geram visibilidade e contribuem para fomentar a economia local.

Mas de que forma essa integração pode se dar? Assim como o turismo de experiência, o Turismo Científico pode oferecer diferentes vivências e práticas ao visitante para que ele conheça e sinta como é ser um pesquisador no Brasil e, ao mesmo tempo, contribua para o financiamento, a coleta e a construção de dados a serem aplicados para a exploração e valorização da biodiversidade. O Turismo Científico é um bom modelo de negócio que alia a expansão dos conhecimentos científicos e tradicionais, a preservação da biodiversidade e o turismo para alavancar social, econômica e ambientalmente a cidade de Florianópolis.

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