BIODIVERSITY CONSERVATION AND BUSINESS – IS THAT POSSIBLE? LET´S FIND OUT TOGETHER!

Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza

by Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza

Submit your own idea/concept/solution

Projeto Gralha Azul de Turismo Sustentável

9
0
innovation_w250h150o
solution Owners

Posted by gustavo.riz on 20-12-2016 - Last updated on 15-01-2017

Segundo dados do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) [1], no estado do Paraná existem hoje 68 unidades de conservação estaduais, que juntas somam 1.205.632,0862 hectares de áreas conservadas, sendo que destas unidades, 66% são unidades de conservação de Proteção Integral e 34% são unidades de conservação de Uso Sustentável. As características físicas e climáticas do Paraná fazem do estado uma área propicia para o desenvolvimento de uma rica fauna e flora, com uma diversidade de ecossistemas únicos que, em sua maioria, se encontram protegidos em áreas de conservação. Porém devido a sua localização e a pressão que estas áreas sofrem do crescimento urbano e da agricultura, invasão de espécies de fauna e flora exóticas e invasoras, a caça ilegal além das queimadas, muitas vezes criminosas, a preservação desta rica biodiversidade constantemente é ameaçada. Segundo dados da Divisão de Processamento de Imagens (DPI), ao qual faz parte da Coordenação Geral de Observação da Terra (OBT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) [2], somente nos seis primeiros meses de 2016, o Paraná sofreu 4.833 focos de queimadas sendo que, uma parcela considerável, incidiu sobre áreas de preservação ambiental. Por outro lado, o turismo ambiental é pouco explorado, embora as opções de turismo ecológico no Paraná sejam ricas e diversificadas. E essa realidade de estende a todo o Brasil. Em 2015, o setor de turismo no Brasil gerou mais de 2,6 milhões de empregos diretos, porém 94% destes turistas eram brasileiros e somente 6% eram estrangeiros. Segundo dados do Paraná Projetos, gestora do Parque Estadual de Vila Velha [3], nos seis primeiros meses de 2016, o segundo parque mais visitado do estado, recebeu 31.383 turistas, dos quais 98% eram brasileiros e somente 2% eram estrangeiros. Já o Parque Nacional do Iguaçu, o mais visitado, fechou 2015 com 1.642.093 turistas de 172 nacionalidades, sendo que 45% eram estrangeiros. De acordo com o relatório do World Travel & Tourism Council (WTTC) de 2016, o Brasil recebe por ano cerca de 5 milhões de turistas, o que deixa o país fora da lista dos 40 países mais visitados. Em contrapartida, países com um forte apelo ao turismo ecológico como a África do Sul, atingiram no mesmo período a marca de 10 milhões de turistas. Outros países, como o México e a Tailândia receberam, respectivamente, 30 e 28 milhões de turistas. REFERÊNCIA [1] IAP – Instituto Ambiental do Paraná. Unidades de Conservação Estadual – http://www.iap.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1209. Nov, 2016. [2] Divisão de Processamento de Imagens (DPI), Coordenação Geral de Observação da Terra (OBT) – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – http://www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas/. Nov, 2016. [3] Paraná Projetos – Relatório Estatístico Semestral de Perfil do Visitante – http://www.paranaprojetos.pr.gov.br/arquivos/File/Relatorio2016.pdf. Nov, 2016.

O objetivo deste projeto é propor a criação de um modelo de turismo ambiental ao qual propicie o desenvolvimento econômico e sustentável da população periférica as reservas ambientais, incentivando a criação de novas reservas, a conservação ambiental e a conscientização da população local sobre a importância de se preservar a riquesa natural como ferramenta para o desenvolvimento de um cenário favorável, tanto no campo econômico como no ambiental. Para isso, propomos a criação de um novo modelo de turismo com foco na preservação, sustentabilidade e desenvolvimento social.

Embora o número de turistas estrangeiros tenha aumentado em cerca de 1 milhão entre 2013 e 2015, o Brasil não faz parte da lista dos 40 países que receberam turistas em 2015, e apesar dos recentes grandes eventos esportivos, o país viu suas receitas cambiais (gastos de turistas no Brasil) caírem de 6.4 milhões de dólares (2013) para 5.8 milhões de dólares (2015). Tais números contrastam com as belezas naturais que o país possui. E essa diferença fica mais nítida quando observado outros países com dimensões inferiores ao território brasileiro, como a África do Sul, ao qual recebeu no mesmo período (2015) aproximadamente o dobro de turistas do Brasil [1]. O foco do estudo, em um primeiro momento, foi a região dos Campos Gerais, no estado do Paraná.

1.    INTRODUÇÃO

Segundo dados do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) [2], no estado do Paraná existem hoje 68 unidades de conservação estaduais, que juntas somam 1.205.632,0862 hectares de áreas conservadas, sendo que destas unidades, 66% são unidades de conservação de Proteção Integral e 34% são unidades de conservação de Uso Sustentável.

As características físicas e climáticas do Paraná fazem do estado uma área propicia para o desenvolvimento de uma rica fauna e flora, com uma diversidade de ecossistemas únicos que, em sua maioria, se encontram protegidos em áreas de conservação. Porém devido a sua localização e a pressão que estas áreas sofrem do crescimento urbano e da agricultura, invasão de espécies de fauna e flora exóticas e invasoras, a caça ilegal além das queimadas, muitas vezes criminosas, a preservação desta rica biodiversidade constantemente é ameaçada.

Segundo dados da Divisão de Processamento de Imagens (DPI), ao qual faz parte da Coordenação Geral de Observação da Terra (OBT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) [3], somente nos seis primeiros meses de 2016, o Paraná sofre 4.833 focos de queimadas sendo que, uma parcela considerável, incidiu sobre áreas de conservação ambiental. Por outro lado, o turismo ambiental é pouco explorado, embora as opções de turismo ecológico no Paraná sejam ricas e diversificadas.

E essa realidade de estende a todo o Brasil. Em 2015, o setor de turismo no Brasil gerou mais de 2,6 milhões de empregos diretos, porém 94% destes turistas eram brasileiros e somente 6% eram estrangeiros. Segundo dados do Paraná Projetos, gestora do Parque Estadual de Vila Velha [4], nos seis primeiros meses de 2016, o segundo parque mais visitado do estado, recebeu 31.383 turistas, dos quais 98% eram brasileiros e somente 2% eram estrangeiros. Já o Parque Nacional do Iguaçu, o mais visitado, fechou 2015 com 1.642.093 turistas de 172 nacionalidades, sendo que 45% eram estrangeiros.

O objetivo deste projeto é propor a criação de um modelo de turismo ambiental ao qual propicie o desenvolvimento econômico e sustentável da população periférica as reservas ambientais, incentivem a criação de novas reservas incentivando a conservação ambiental e conscientizando a população local sobre a importância da preservação. Para isso, propomos a criação de um novo modelo de turismo com foco na preservação, sustentabilidade e desenvolvimento social.

2.    IDEIA PRINCIPAL DO PROJETO

O crescimento exponencial e desenfreado do turismo sem planejamento causa diversos impactos ambientais nas destinações turísticas, ao qual muitas vezes não são imediatamente percebidos ou até mesmo podem ter sido ignorados por motivos financeiros. Deste modo, segundo Fandé et al [5], é fundamental e indispensável que todos os envolvidos na atividade turística devem estar conscientes sobre a conservação ambiental, uma vez que o desenvolvimento e a manutenção dessas atividades dependem de um meio ambiente preservado e sadio.

Mudar o modelo atual de turismo, ao qual muitas vezes é um modelo predatório que traz danos ao meio ambiente, é fundamental. Precisamos atingir um modelo com foco na sustentabilidade e no envolvimento das comunidades locais.

O Brasil tem um grande potencial para o turismo ambiental sustentável, dada a sua riqueza natural e a diversidade de ambientes únicos ao qual propiciam um contato com belezas naturais únicas, porém todo este potencial é mal administrado e explorado. O retorno que o turismo sustentável poderia ter ao país e as populações locais poderiam ser uma arma a favor da conservação ambiental, pois uma vez que estados, municípios e moradores locais entendam a importância que a conservação do meio ambiente traz para a economia local, estes acabam se tornando atores e embaixadores da preservação do meio ao qual vivem.

Este modelo é baseado nos seguintes princípios:

§  Número limitado de turistas diários mitigando o impacto da atividade turística;

§  Criação de áreas específicas liberadas ao turismo, ao qual representem uma pequena parcela da reserva, mas que ao mesmo tempo gere um atrativo turístico;

§  Utilização de trilhas de baixo impacto, em areia, para o uso do publico ao qual poderá ser percorrida a pé ou em veículo especifico para levar os turistas pelo percurso;

§  Criação de circuitos especiais de visita ao qual envolvam atividades como cicloturismo, caminhada em trilhas guiadas, visita panorâmica de balão, navegação em pequenas embarcações turísticas (em áreas ao qual possibilitem esta atividade), rafting, áreas de camping e criação de esconderijo de observação da fauna local;

§  Convite da população local para se tornarem guias turísticos, através de treinamento, educação ambiental e trazendo um importante papel não só na criação de uma cultura de preservação, como também um impacto social positivo na renda das famílias locais. Segundo dados do World Travel & Tourism Council, em 2015 o setor de turismo empregava 8,9% do número de trabalhadores do país;

§  Criação de circuitos ao qual envolvam não só a visita aos atrativos naturais, mas também propiciem o desenvolvimento da atividade econômica local através de atrativos gastronômicos e arquitetônicos fazendo com que o turista interaja e conheça um pouco mais da cultura local;

§  Investimento em parcerias com agências de turismo tanto dentro como fora do Brasil, para a criação e oferta de circuitos.

§  Investimento na divulgação dos atrativos naturais.

Nas seções abaixo serão dados detalhes do plano de trabalho, as etapas a serem alcançadas e ao cronograma e retorno esperados. Na seção 3 é tratado os possíveis impactos, riscos e retorno financeiro e na seção 4 está descrito o resultado esperado.

2.1.         Mercado

De acordo com o relatório do World Travel & Tourism Council (WTTC) de 2016, o Brasil recebe por ano cerca de 5 milhões de turistas, o que deixa o país fora da lista dos 40 países mais visitados. Em contrapartida, países com apelo ao turismo ambiental como a África do Sul, atingiram no mesmo período a marca de 10 milhões de turistas. Outros países, como o México e a Tailândia receberam, respectivamente, 30 e 28 milhões de turistas.

Há um grande mercado a ser explorado, e belezas naturais de sobra para um país continental como o Brasil. O que precisa sim, é um mais investimento na divulgação, e planejamento adequado para evitar danos ambientais com a exploração e aumento do turismo no pais.

2.2.         Receita

Segundo dados do Ministério do Turismo [6], em 2015 o PIB do Turismo registrou receitas de 95,6 bilhões de dólares (183 bilhões de reais) ao país. A meta é chegar a 150 bilhões de dólares (412 bilhões de reais) em 2022. Para isso, é esperado uma taxa de crescimento no turismo a uma taxa entre 8,4% e 9% ao ano.

2.3.         Barreiras e Necessidades

O Brasil, apesar das suas belezas naturais, não recebe tantos turistas quanto outros países com o mesmo potencial ou até mesmo com uma quantidade de atrações limitadas, se comparadas ao Brasil.

Segundo especialistas, o país precisa de mais investimentos para tornar o turismo nacional competitivo. Tanto o governo como representantes do setor privado concordam que é preciso tornar o turismo nacional competitivo e investir em propaganda para atrair novos turistas [7].

Para se ter uma comparação, em 2015 o Brasil investiu 17 milhões de dólares em promoção ao turismo. O México investiu 477 milhões de dólares, a Argentina 100 milhões de dólares e o Equador, com um potencial financeiro inferior ao país, investiu 96 milhões de dólares.

3.    CRONOGRAMA

Plano_de_Negocio.pdf

Comments